E pode um acidente até não ser uma coisa má?

Se um gajo sair para o trabalho de "madrugada" já é coisa para não nos deixar bem dispostos, ser abalroado enquanto se está parado numa fila de trânsito é então do piorio. Ou podia ser. Mas não foi. Não só porque o meu carro não sofreu nada de mais (mais um arranhãozito) como quando olhei para trás pelo espelho para ver quem tinha cometido tal desfaçatez vejo a sair do carro uma daquelas morenaças de parar o trânsito (neste caso, literalmente porque aquilo era de faixa única).

Uma simpatia a querida, apesar da situação. Eu, cavalheiro que sou, ofereci logo ombro amigo onde ela pudesse carpir mágoas de ver a sua (novissíma) viatura com a frente algo amachucada.

"Acontece aos melhores, não se preocupe que não é nada de mais e se não se aleijou não tem importância. Agora dê-me aí o seu nº de telemóvel ó fachavôr que se houver alguma chatice que eu agora não consiga descortinar logo entro em contacto consigo" foi a conversa de bandido e ela assim o fez.

Isto, dito assim, parece o ínicio duma história daquelas (à filme) com muito sexo escaldante à mistura. Parece. E podia ser. Só que 3 minutos depois apareceu aquele que devia ser o marido da senhora. Um "armário" com ar de urso. E a coisa ficou pelo imaginário "porno-javardo" da minha pessoa...