...deixei de assinalar ontem algo muito mais importante que provocações futebolísticas ou desafios. Ontem foi o dia Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Este, ao contrário dos dias das mulheres, dos homens, dos cães e dos gatos, é que não devia ter razão de existir. Não desde a pré-história, pelo menos. Infelizmente, parece que é para lá que caminhamos.
Inacreditavelmente, subiu este ano o número de mulheres assassinadas relativamente ao ano passado. Passámos das 29 (finais) para as 39 (provisório). Tentativas de homicídio passaram de 28 para 37. Pior ainda, estas agressões são perpetuadas, na sua grande maioria, por aqueles que mais bem lhes deviam querer, que são os companheiros.
Apesar de reconhecer a precariedade da situação em que muitas mulheres se encontram e do medo de represálias que possa existir penso que não podem haver dúvidas. É apontar o dedo a estes animais. Acusá-los. Formalmente. Porque estes crimes e esta vergonha não podem continuar. E eles têm de pagar por isso.
Se elas não o fazem então alguém que o faça por elas. Entre marido e mulher não se mete a colher? Mete pois. Se a isso formos obrigados. Deixá-los impunes é que não. Nunca.
Este, ao contrário dos dias das mulheres, dos homens, dos cães e dos gatos, é que não devia ter razão de existir. Não desde a pré-história, pelo menos. Infelizmente, parece que é para lá que caminhamos.
Inacreditavelmente, subiu este ano o número de mulheres assassinadas relativamente ao ano passado. Passámos das 29 (finais) para as 39 (provisório). Tentativas de homicídio passaram de 28 para 37. Pior ainda, estas agressões são perpetuadas, na sua grande maioria, por aqueles que mais bem lhes deviam querer, que são os companheiros.
Apesar de reconhecer a precariedade da situação em que muitas mulheres se encontram e do medo de represálias que possa existir penso que não podem haver dúvidas. É apontar o dedo a estes animais. Acusá-los. Formalmente. Porque estes crimes e esta vergonha não podem continuar. E eles têm de pagar por isso.
Se elas não o fazem então alguém que o faça por elas. Entre marido e mulher não se mete a colher? Mete pois. Se a isso formos obrigados. Deixá-los impunes é que não. Nunca.
4 comentários:
Este dia não deveria existir mesmo... É incrível como estes números subiram este ano.
Durante anos colaborei em diversas instituições no âmbito dos maus tratos a mulheres e crianças.
Infelizmente, os números são muito maiores.
O medo, a dependência económica e emocional (sim, ainda há muitas mulheres que entendem que se os companheiros lhe dão uma "surra" valente todos os dias é porque gostam delas)são razões que levam a que muitas situações não sejam denunciadas.
Mas há outro tipo de maus tratos que não são devidamente valorizados: os maus tratos psicológicos. São aos milhares!
Preocupante é o facto dos números que se registam entre a juventude. 1 em cada casal de namorados tem um historial de maus tratos.
Tal como a sida, os maus tratos é uma realidade democrática. Não escolhe idades, sexo e classe social.
Beijo
Analógica...é impressionante é como ainda há números para serem apresentados. Isto havia de ser um rotundo ZERO todos os anos...
Ni...sim, não falei da violência psicológica que consegue ser tão devastadora, senão mais, que a fisica. Mas obviamente que o que disse aqui é extensível a esse tipo de violência...
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